Cansaço...

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

Dueto

Vincent Tim Burton

Nothing really ends

The plan it wasn't much of a plan
I just started walking
I had enough of this old town
had nothing else to do
It was one of those nights
you wonder how nobody died
we started talking
You didn't come here to have fun
you said: "well I just came for you"

But do you still love me?
do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance
with someone I've been
pushing away

And touch we touched the soul
the very soul, the soul of what we were then
With the old schemes of shattered dreams
lying on the floor
You looked at me
no more than sympathy
my lies you have heard them
My stories you have laughed with
my clothes you have torn

And do you still love me?
do you feel the same
And do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

You lost that feeling
You want it again
More than I'm feeling
you'll never get
You've had a go at
all that you know
You lost that feeling
so come down and show

Don't say goodbye
let accusations fly
like in that movie
You know the one where Martin Sheen
waves his arm to the girl on the street
I once told a friend
that nothing really ends
no one can prove it
So I'm asking you now
could it possibly be
that you still love me?
And do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you

I take it all from you
I take it all from you

dEUS

O melhor DVD

What the fuck is this world (Porch) Pearl Jam

Porque a viva são mesmo dois dias...

Porque a vida são dois dias
Porque o tempo voa
Porque devemos cantar, rir, saltar, partilhar enquanto temos tempo
Porque isto é o pão da vida
Porque adorei partilhar este momento com quem realmente conta e é importante.

É o Lusco Fusco

O que seria a vida sem uma boa dose de loucura? Sem o inesperado? Sem aqueles acontecimentos que sucedem à velocidade da luz, que vão e vêm, que não estão planeados nem ao nosso alcance e ao qual atribuímos a expressão "que fora" ou como alguém já disse "foi o lusco fusco"!
Pois bem, seria uma pasmaceira, uma seca. Utilizem a expressão que bem entenderem para caracterizar uma vida sem uma única pitada de sal ou açúcar ou ainda picante.
Ora até aqui está tudo muito bem! Concordamos todos com o Lusco Fusco! Agora daqui a diante faz-me cá uma certa espécie, se assim posso dizer, é aqueles individuos e as, que não sabem aquilo que querem da vida e que por não terem rumo fazem do Lusco Fusco uma rotina exageradamente forçada. Irritantes individuos que não deixam o Lusco Fusco actuar só quando deve de ser! E como o Lusco Fusco se torna assim parte da rotina destas pessoas, deixa de ser o inesperado e louco para dar lugar aquilo que infelizmente é o banal e ao qual chamo ridículo.

Super teoria das teorias: Não abuses do estado Lusco Fusco...

" O Apelo da Selva"

" Há um êxtase que assinala o auge da vida e para lá do qual não existe vida. Tal é o paradoxo de viver, este êxtase que vem como esquecimento completo de que se vive, conhece-o o artista arrebatado e fora de si num momento de inspiração, conhece-o o soldado que enlouquecido pelo fragor da batalha recusa a rendição no meio de um campo dizimado, e conhecia-o Buck, naquele momento ..."

Jack London