Hoje tive a prova de que devemos sempre seguir o nosso primeiro instinto. Ele é que tem razão, ouvimo-lo a falar assim muito baixinho, sorrimos ao que ele nos diz, mas depois tapamos os ouvidos e dizemos “ Não, não pode ser” e então seguimos a nossa vidinha. E depois o que é que acontece? Ou nada de especial ou pisamos cocó mal cheiroso.
Acordo cedinho, ainda de noite, espreito o tempo lá fora e está terrível, chove a potes, e sinto o frio a entrar pelo pijama a dentro. Paro, e volto para a cama, resolvi adiar o despertador, só mais uns 10 min, não faz mal a ninguém. O despertador volta a tocar, e eu volto a adiar, dou por mim a saltar da cama e a constatar que já estou atrasada para uma aula importante, iria ouvir um senhor experiente da rádio a falar de spots publicitários. Eu queria ir, a sério que queria! Mas o meu humor e o tempo lá fora apontavam para a cama e não para os sapatos. Enfim, sorri ao instinto mas mandei-o calar e tapei os ouvidos. Despachei-me a correr, vesti-me, entronei o leite ao pequeno-almoço, logo já não o bebi e saí de casa. Já estava atrasada, e diga-se de passagem que não era pouco, quando olhei para o nível de gasolina destes malditos carros, que não sabem fazer outra coisa se não acender uma luzinha amarela, que irrita…. E vi que essa mesma luz, piscava intermitentemente. Boa, mais 15 minutos numa bomba. Abasteci e ao efectuar o pagamento tive que pedir um café para acordar os meus olhos, que adormeciam e acordavam de 5 em 5 minutos. Qual não é o meu espanto, quando começo a ouvir um senhor a gritar, e a perguntar aos berros, de quem era o carro que estava na bomba 2,disse-lhe que era meu, obvio, e o senhor ou filho da mãe (que é assim que deve ser chamado), pior ficou, pois na opinião do mesmo eu não deveria estar a beber café (atenção o meu café, durou segundos, até porque estava atrasada). Bem, não liguei, pensei para mim mesma, bem este indivíduo, ou está muito mal com a vida ou também esta atrasado. Entro para o carro, e sigo o meu caminho. Saio da bomba, transito parado, uma fila enorme, pessoas a abrir a boca, outras a roer as unhas e eu que hoje fazia as duas coisas. Pensei, calma Catarina! E resolvi fazer um cigarro, demora sempre algum tempo, e não é muito prático quando se conduz, mas era o tabaco que tinha e tinha mesmo de ser.
Abro a mala, tiro o tabaco, a mortalha o filtro e de repente… POM e PUMBA. Bati no carro da frente. Ò Valha-me Deus! Mas como é que isto acontece? É que eu não percebi como é que aconteceu e ainda estou para descobrir. É que o meu pé, estava a carregar no travão …. Juro. Não sei, se calhar adormeceu e eu não dei por isso. È que o POM foi mesmo um POMMM e não um pom. Bem continuando, saí do carro, ainda meio taralhoca, e o senhor da frente também, caras assustadas e meia hora a olhar para os dois carros, tendo em conta que o meu passou para segundo plano, claro, ou não fosse culpa do meu maldito pé.
No meio disto ainda tive sorte, porque encontrei uma cara de um senhor simpático e não a de um carrancudo. O senhor lá aceitou as amolgadelas. E disse que estava tudo bem.
Volto a entrar na minha viatura, que nem vi se estava ou não direitinha, sento-me e de repente eis que uma voz me sussurra ao ouvido, outra vez aquela voz baixinha, que me diz: Está transito, já estas mais do que atrasada e continuando em frente não sabes se vai correr bem. Não tapei os ouvidos, e voltei para casa. E ao som de Beatles, penso…. Este dia promete.
Um comentário:
dias assim só lá vão com toneladas de pipocas e lindas paisagens marítimas invernosas. e aquela música do tio marley:every little thing is gonna be alright.
eles na jamaica é que a sabem toda lol
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