sábado, 11 de abril de 2009
Viagem numa banheira...
Basta-me fechar os olhos e manter o espírito aberto, conseguir ver as imagens produzidas por a máquina da imaginação, ter olhos para ela.
Inicio assim a minha viagem, para aquele sítio onde tudo é possível, onde tudo posso ver e sentir, um sítio bem melhor que este com toda a certeza, o meu refúgio mental para todos os dias.
A fantasia é inata em qualquer criança e é essa a magia de o ser, nessa altura nada nos parece difícil e tudo nos parece possível.
Montava-mos cabanas dentro do nosso quarto e quando entravamos lá para dentro, aquela cabana feita de cortinados passava a ser uma casinha de madeira em cima de uma árvore. Cá fora existia o verde das árvores e não o branco das paredes.
Pois é mesmo desse lugar de que falo, ele continua a existir com a diferença de que agora existem por lá muito mais coisas. A diferença é que quando crescemos fechamos o nosso espírito e não queremos dar azos a esse tipo de fantasias “infantis”.
Totalmente falso, é a melhor das terapias. Hoje esta viagem para o meu mundo, começou quando estava no banho e ao som do violino de “Carrion Suite” .
A água que me escorria pelo corpo já não era a do meu simples chuveiro, mas sim a água cristalina proveniente de fontes naturais que toca primeiro nas rochas brilhantes antes de cair sobre os corpos. Num abrir e fechar de olhos estava numa espécie de cascata. Aquilo que me rodeava não era uma banheira nem azulejos, mas sim o verde das montanhas, do meu lado direito os raios do sol tocavam na água, nas pedras e na erva verde daquele cantinho. Ao fundo avistava uma ponte velha e no fim da ponte havia uma árvore gigante em forma de casa. Sentia o cheiro a terra, a flores a brisa aconchegante que desejo todos os dias. Por cima de mim voavam borboletas com caras simpáticas e cobertas com as mais variadas cores, no rio que corria desde a cascata, saltitavam as libelinhas helicópteros que segredavam ao ouvido umas das outras. Conseguia ouvir o som da água que caía e dos pássaros, ao longe avistava ainda um pasto coberto de árvores onde lentamente se alimentavam cavalos grandes e castanhos. Abri os olhos e sorri. Afinal sempre se pode viajar numa banheira.
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