quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Caminhos...




São pequenos fragmentos de mim que estão distribuídos pelos outros. Por aqueles que realmente contam. Pequenos grandes fragmentos! Sim é isso! Estão espalhados por aí, por pessoas, por ruas, por bancos do jardim, por estações do comboio, pelo chão e pedras da calçada.
Muito de mim foi dado a alguns, a outros pouco consegui dar! Ganhei muito de alguns, de outros apenas pequenos fragmentos, apenas porque era o que conseguiam dar.
Passamos tantas horas a partilhar aquilo que somos, mostramos tanto e poucos são os que conseguem entender a grandiosidade daquilo que somos, apenas porque não conseguem ver, ou apenas porque não querem ver.
A viagem não acaba, passamos uma vida a descobrir os nossos vários eus, a tentar decifrar muitos caminhos e encruzilhadas que temos cá dentro, e cada dia é uma nova descoberta. Se eu enquanto eu não termino esta viagem, ninguém pode terminar por mim. Ninguém pode afirmar com toda a certeza a forma do meu ser, sem antes ter conhecido estes meus caminhos, as estradas que escolhi, as folhas que guardei, as pedras que atirei, as portas que abri e os muros que construí.

Um comentário:

ana disse...

fizeste-me lembrar o Paulo Coelho num dos seus livros, onde ele explora um determinado ser visto de muitos prismas diferentes, cada pessoa faz um relato do ser mas parece que estão a falar de pessoas completamente diferentes e no final a mulher que eles descrevem é tudo aquilo e ao mesmo tempo não é nada daquilo.

sabes? a vida é mesmo como uma viagem onde quem se cruza contigo tem um motivo para o fazer e quando esse motivo cessa vai-se embora.

como numa viagem de avião tens as pessoas que viajam contigo desde a partida até à aterragem, mas também tens o sr do check-in, o sr da sala de espera, os comissários de bordo and so on and so on.

todos são essenciais mas uns ficam mais tempo do que outros.