O objectivo pricipal deste projecto consiste em doar ao Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados cinco milhões de dólares até 2013. A comercialização da Earth Water em Portugal iniciou-se em Setembro nos hipermercados Modelo e Continente.
A Earth Water é uma água embalada mineral premium, sendo uma marca ambiental e socialmente responsável, cujo lucro reverte na totalidade a favor dos Programas de gestão de Água nos países em desenvolvimento.
Uma vez que todos os dias morrem cerca de 6000 pessoas por falta de água potável, e que cada embalagem destas custa apenas 0,64€, porque não contribuir para esta causa e fazer dela mais uma forma de ajudar ajudar quem precisa.
Hoje tive a prova de que devemos sempre seguir o nosso primeiro instinto. Ele é que tem razão, ouvimo-lo a falar assim muito baixinho, sorrimos ao que ele nos diz, mas depois tapamos os ouvidos e dizemos “ Não, não pode ser” e então seguimos a nossa vidinha. E depois o que é que acontece? Ou nada de especial ou pisamos cocó mal cheiroso. Acordo cedinho, ainda de noite, espreito o tempo lá fora e está terrível, chove a potes, e sinto o frio a entrar pelo pijama a dentro. Paro, e volto para a cama, resolvi adiar o despertador, só mais uns 10 min, não faz mal a ninguém. O despertador volta a tocar, e eu volto a adiar, dou por mim a saltar da cama e a constatar que já estou atrasada para uma aula importante, iria ouvir um senhor experiente da rádio a falar de spots publicitários. Eu queria ir, a sério que queria! Mas o meu humor e o tempo lá fora apontavam para a cama e não para os sapatos. Enfim, sorri ao instinto mas mandei-o calar e tapei os ouvidos. Despachei-me a correr, vesti-me, entronei o leite ao pequeno-almoço, logo já não o bebi e saí de casa. Já estava atrasada, e diga-se de passagem que não era pouco, quando olhei para o nível de gasolina destes malditos carros, que não sabem fazer outra coisa se não acender uma luzinha amarela, que irrita…. E vi que essa mesma luz, piscava intermitentemente. Boa, mais 15 minutos numa bomba. Abasteci e ao efectuar o pagamento tive que pedir um café para acordar os meus olhos, que adormeciam e acordavam de 5 em 5 minutos. Qual não é o meu espanto, quando começo a ouvir um senhor a gritar, e a perguntar aos berros, de quem era o carro que estava na bomba 2,disse-lhe que era meu, obvio, e o senhor ou filho da mãe (que é assim que deve ser chamado), pior ficou, pois na opinião do mesmo eu não deveria estar a beber café (atenção o meu café, durou segundos, até porque estava atrasada). Bem, não liguei, pensei para mim mesma, bem este indivíduo, ou está muito mal com a vida ou também esta atrasado. Entro para o carro, e sigo o meu caminho. Saio da bomba, transito parado, uma fila enorme, pessoas a abrir a boca, outras a roer as unhas e eu que hoje fazia as duas coisas. Pensei, calma Catarina! E resolvi fazer um cigarro, demora sempre algum tempo, e não é muito prático quando se conduz, mas era o tabaco que tinha e tinha mesmo de ser. Abro a mala, tiro o tabaco, a mortalha o filtro e de repente… POM e PUMBA. Bati no carro da frente. Ò Valha-me Deus! Mas como é que isto acontece? É que eu não percebi como é que aconteceu e ainda estou para descobrir. É que o meu pé, estava a carregar no travão …. Juro. Não sei, se calhar adormeceu e eu não dei por isso. È que o POM foi mesmo um POMMM e não um pom. Bem continuando, saí do carro, ainda meio taralhoca, e o senhor da frente também, caras assustadas e meia hora a olhar para os dois carros, tendo em conta que o meu passou para segundo plano, claro, ou não fosse culpa do meu maldito pé. No meio disto ainda tive sorte, porque encontrei uma cara de um senhor simpático e não a de um carrancudo. O senhor lá aceitou as amolgadelas. E disse que estava tudo bem. Volto a entrar na minha viatura, que nem vi se estava ou não direitinha, sento-me e de repente eis que uma voz me sussurra ao ouvido, outra vez aquela voz baixinha, que me diz: Está transito, já estas mais do que atrasada e continuando em frente não sabes se vai correr bem. Não tapei os ouvidos, e voltei para casa. E ao som de Beatles, penso…. Este dia promete.
1, 2, 1, 2... know a man, his face seems pulled and tense like he's riding on a motorbike in the strongest winds so i approach with tact suggest that he should relax but he's always moving much too fast said he'll see me on the flipside on this trip he's taken for a ride he's been taking too much on there he goes with his perfectly unkept clothes there he goes...
he's yet to come back but i've seen his picture it doesn't look the same up on the rack we go way back i wonder about his insides its like his thoughts are too big for his size he's been taken... where, i don't know? off he goes with his perfectly unkept hope and there he goes...
and now i rub my eyes, for he has returned seems my preconceptions are what should have been burned for he still smiles... and he's still strong nothing's changed, but the surrounding bullshit that has grown and now he's home and we're laughing like we always did my same old, same old friend until a quarter-to-ten i saw the strain creep in he seems distracted and i know just what is gonna happen next before his first step he's off again
"A protagonista está numa situação delicada, sentada num banco de pedra diante de uma piscina que permanece vazia. Deixou de acreditar nas palavras. Deixou de acreditar em si. Descobriu que não pode satisfazer ninguém pela simples razão de não haver ninguém que a possa satisfazer. Lembra-se de ver a P.J.Harvey cantar "I can´t get no satisfaction". É o tema de fundo das nossas vidas. Do nosso tempo. Pelo menos é isso que ela sente"
Durmo. Se sonho, ao despertar não sei Que coisas eu sonhei. Durmo. Se durmo sem sonhar, desperto Para um espaço aberto Que não conheço, pois que despertei Para o que inda não sei. Melhor é nem sonhar nem não sonhar E nunca despertar.
E chega o dia, a noite, a hora em que nos separamos. Não é algo premeditado, embora já tenha começado há muito tempo. Foi aos poucos que fomos levados a um lugar de onde já não podemos sair ilesos. Não há uma causa. É difícil dizer porquê. Claro que se pode sempre compor uma história, em particular uma que nos defenda de qualquer crime, que justifique um e outro irrisório pecado. Esperamos que um bom amigo nos ouça com atenção, aceite a nossa mentira e diga: é triste, mas teve de ser, não havia mais caminho. Em particular desejamos que se compreenda o que não se deixa transferir por palavras, já que o que nos vai pela alma é um remoinho que não vem escrito em nenhuma língua que possa ser trazida para a nossa. Tudo tem de ser interpretado e com isso qualquer facto é sempre ligeiramente alterado. Ninguém se encontra em posição de julgar quem quer que seja, sobretudo o outro que connosco aguentou todas as horas. Doi sempre separar o que estava junto. É sempre mais um falhanço. Alguma coisa é rasgada, quebra-se, fica por completar. Há uma dor que avança e recua como a maré sobre a infinita areia. Atinge um ponto em que se julga que já não se vai aguentar e depois chega um leve alento através do olhar de uma criança que ignora tudo isto, o viver e morrer no mesmo compasso, e permite futuro. Esperamos um telefonema e tememos o mesmo telefonema. Tomamos um duche de água gelada. Ficamos mais tempo do que o necessário a dissolver o café instantâneo num copo com água morna. Queremos convencer-nos de que foi a vida, e não nós, que nos separou cruelmente. Queremos tudo menos culpas, porque estamos cheias delas. Se possível conveniente fugir da casa que, noutra vida, nos pareceu nossa e enfrentar, num quarto de hotel selado, uma solidão que regressa de muito longe e não esperava senão por isto para ocupar todo o espaço em volta. Em geral são dois ou três dias assim, a cabeça pesada, inclinada sobre as impecáveis almofadas, a fitar uma janela de onde se vêem outras janelas, outras vidas por compreender. Depois há um amigo que telefona. Está de passagem. Pergunta se não se quer ir a um jantar num jardim de uma casa na parte velha da cidade. É um esforço, mas logo se consegue apanhar um táxi onde se fala excessivamente com o motorista dizendo mal de tudo. Chega-se mais cedo do que qualquer um. Dão-nos uma taça de champanhe que nos fica nas mãos. Cada pessoa que chega é um alarme. O tempo não esquece ninguém para marcar com as suas garras as faces e os corpos… Saímos para um táxi que nos espera. Sentamo-nos no banco da frente e contamos de novo a nossa desgraça em resumido. Exageramos na gorjeta. Estamos a pagar para a expiação dos pecados. A cama não é nossa, o candeeiro á cabeceira projecta uma luz fraca. Somos intrusos num quotidiano que nos é estranho, um espaço espesso onde respirar se torna um trabalho. Nada há que se faça senão esperar que o amor regresse ao nosso corpo e nos rapte para uma outra partida.
Apetecia um filmezinho! Só para descontrair um bocadinho e entrar por algumas horas na história de alguém e assim sairmos um pouco da nossa. A noite começou com indecisões, já se falava em atirar a moeda ao ar e de questões de sorte! A forcinha do outro lado acabou por resultar e valeu muito a pena. O sacana do Clint fez mais uma vez um grande trabalho. Até irrita! E as personagens ui ui puxadote! A História vale muito pena, a angústia de uma mãe, a injustiça que continua a existir, a luta de todos os dias, a doença, os inocentes que são obrigados a deixar de o ser muito antes do tempo, pessoas que são simplesmente pessoas e são apelidadas e tratadas como loucas e por fim a Esperança.
Hello darkness, my old friend, Ive come to talk with you again, Because a vision softly creeping, Left its seeds while I was sleeping, And the vision that was planted in my brain Still remains Within the sound of silence.
In restless dreams I walked alone Narrow streets of cobblestone, neath the halo of a street lamp, I turned my collar to the cold and damp When my eyes were stabbed by the flash of A neon light That split the night And touched the sound of silence.
And in the naked light I saw Ten thousand people, maybe more. People talking without speaking, People hearing without listening, People writing songs that voices never share And no one deared Disturb the sound of silence.
Fools said i,you do not know Silence like a cancer grows. Hear my words that I might teach you, Take my arms that I might reach you. But my words like silent raindrops fell, And echoed In the wells of silence
And the people bowed and prayed To the neon God they made. And the sign flashed out its warning, In the words that it was forming. And the signs said, the words of the prophets Are written on the subway walls And tenement halls. And whisperd in the sounds of silence.
Abre o teu coração e deixa-o ficar aberto. Não é preciso que seja durante muito tempo. Só para que algumas palavras possam passar, sair e entrar. Palavras tão velhas que as há desde que as há. Sobretudo as que para saírem têm antes de entrar e o inverso. Todas as palavras merecem todo o respeito, o maior respeito. Porque mais não temos e talvez seja por isso que, ao começar a falar, já não é possível parar, mesmo querendo tudo calar.
A partida! Não devia existir. Custa sempre ver alguém a ir embora, alguém que queremos que permaneça e que desejamos ter sempre por perto. É terrível! Impossível habituar-me a isso, dou por mim a desejar que voltes, segundos depois de te ter visto partir. As estradas e os caminhos da vida obrigam-nos a sentir isso! Penso para mim, “tem que ser” e ainda “ele volta rápido”, mas o tempo passa e vai passando e dou por mim a pensar o quanto poderíamos aproveitar e partilhar se estivesses aqui comigo. Mas quando estas não o fazemos, porque é que não falamos mais? Porque é que não passeamos mais vezes? Porque a vida fez-nos assim, afastou-nos sem disso ter-mos culpa, roubou-nos os momentos e até mesmo alguma confiança. O Amor, esse sim é incondicional e sempre o será. Tenho orgulho em ti, revejo-me nos teus olhos, ensinaste-me a ver a beleza no mais pequeno e ínfimo pormenor. Volta rápida, porque neste momento está a doer, a casa parece vazia e fria...
O senhor pardal. Foi o nome que lhe dei na minha infância e é assim que o chamo até hoje. Só o conheço assim, um homem que veste quase sempre a cor preta, que passeia a noite aqui pela rua, de casaco quente e cigarro na mão, passo lento de quem não tem pressa e não espera o inesperado. Faz o mesmo trajecto todos os dias, passa pela minha janela, partilhamos o fumo do cigarro e diz com um tom meigo, típico de um avô “ Boa noite pequena Catarina”. È um vizinho de 23 anos, que durante o dia alimenta os pássaros que guarda na garagem e a noite vagueia pela rua, no silêncio. Vejo-o a afastar-se, depois do “Boa Noite”, relembro as vezes que me deixou observar aqueles passarinhos e me contou algumas histórias. Na altura, não conseguia entender, os meus olhos não conseguiam ver, agora sei que é um homem só. Um homem com uma história que desconheço e que gostava de conhecer, um senhor amável. O senhor pardal, não é apenas um vizinho, é uma figura mítica desta rua que a noite quase que não tem vida, é o complemento do silêncio tão agradável e a companhia de segundos, é o senhor Pardal.
Mais um aninho que já lá vai e outro que esta agora mesmo a começar. O que é que muda? Nada e ao mesmo tempo tudo. Pensamos em tudo o que aconteceu de bom e de mau em 2008, desejamos esquecer as coisas más mesmo não as esquecendo, aceitamos que crescemos todos os dias mais um bocadinho mesmo sentindo-nos pequeninos, pensamos no tão doce que foram as coisas boas e desejemos mais e mais… Queremos manter todos os nossos tesouros connosco, cuidar deles, limpar-lhes o pó e guardar tudo o que nos aconteceu e poderá acontecer numa caixa ou mesmo num livro que estará sempre aberto. Enfim, um dia normal, para quem gosta de se dedicar ao acto reflexivo sobre estas questões, todos os dias.
Foi maravilhoso, a partilha, a companhia e as doideiras próprias de quem é assim e não poderia ser de outra forma!
Desejo um dia acordar numa casa rústica, quentinha (devido ao calor da lareira), rodeada de árvores e de mantos verdes, ouvir os passarinhos e a sentir o cheiro da terra molhada!